sexta-feira, 4 de julho de 2008

As férias do Carlos



Estou de férias e tudo me esquece,
estou de férias e o meu cérebro carece.
Estou de férias e estou parado.
Estou parado, mesmo contigo ao meu lado.

Estou parado e sinto-me a regredir.
Tento mexer-me mas não me estou a sentir.

Não sinto os pés, não sinto as mãos.
Não sinto a cabeça nem a mente.
Não sinto o mundo, não sinto as pessoas...
Não te sinto a ti,
Nem me sinto a mim!

Dizem que aqueles que morrem nunca recuperam.

Estarei morto?
Viver não pode ser assim.

Nunca vivi, por isso não sinto.
Nunca soube qual a sensação
De estar vivo ou morto.

Mas isto não pode ser!

Sinto-me morto, mas penso.
Penso, mas não me sinto vivo.

Que posso dizer?
Estarei Vivo?
Estarei morto?
A Mim parece-me que devia haver um meio-termo entre estes dois estados.

Não temos de estar vivos ou mortos.
Não necessariamente.
Para me sentir Eu não me interessa saber.
Esse Eu pode estar vivo ou morto.
Não pode é deixar de ser um Eu de outro que imaginei.

Estas férias apagam-me.
A mim, o Eu morto, a mim o Eu vivo e ao outro,
este último que tenho imaginado.
Desde sempre, posso dizer,
duarante toda a minha existência.

Mas pode não ser existência.
Não estar num estado de ser vivo ou de ser morto.

Será isso existir?

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Os 5 na serra perdida




Rodeada de loucos estou eu.
Mas mais louca ainda sou eu, por ir sempre na conversa dos tais loucos.
Então, as 8:30 de ontem estava na estação de comboios da Damaia.
Fomos a Sintra, mais precisamente subir a Serra de Sintra, visitar o Castelo dos Mouros- ou pelo menos o que resta dele- e o palácio da Pena.
A viagem de comboio não durou os 20 minutos que supusémos João, mas pronto. 30 minutos não é muito.
Mal chegámos, foi a discussão total entre o Bruno e o João para sabermos que caminho seguir.
Acabámos por pedir indicações a uma "preta" sim porque os pretos são muito úteis Bruno Madeira.
Andámos, andámos ...já se dava a sentir o calor. O João queria saber se estávamos no caminho certo para o centro de turismo. Não estávamos. -,- Por sorte, voltámos a encontrar a senhora que nos tinha ajudado antes. Voltámos a pedir informações, e ela indicou-nos o caminho para o centro de turismo. Resultado, voltámos para trás, para mais tarde subir novamente.
Ao avistar finalmente o centro, nomeámos o João nosso porta-voz, porque ninguém queria falar.
Ele pediu informações e a senhora deu-nos um mapa com o caminho marcado. Disse-nos também que teríamos de ir comprar os bilhetes para os "museus" a visitar numa bilheteira ao lado do centro. Achar a bilheteira foi comlicado( apesar de esta encontrar-se 3/4 portas a seguir ao centro), até tive, juntamente com a Rita, de ir perguntar a uma ourivesaria que estava aberta. O Bruno teve de voltar ao centro porque não conseguíamos perceber o mapa( triste), mas não se podia fiar muito nele - visto que estava a ler o mapa ao contrário - Quando ele voltou, já nos sabia dizer, ou pensava ele que sim, o caminho a seguir. A bilheteira nunca mais abria por isso fomos ver as vistas. Fomos à casa de banho, "brincámos" com uns cavalos que estavam ali parados. Ao voltar para a porta da bilheteira, a Lourenço tentava identificar o sexo dos cavalos, não há respeito pelos cavalos.
Como a bilheteira não estava aberta ainda, fomos sentar-nos às escadas do palácio de Sintra, das quais tiha-se uma vista magnífica para as ruínas do castelo dos Mouros. Tirámos fotografias, esperámos, gozámos com o Bruno (chinês duma figa)...
Passados o que pareceram ser 20 minutos, o João e a Lourenço foram ver se aquilo já estava aberto.
Fizeram sinal a dizer-nos que sim para nos juntarmos a ele, eu o Bruno e a Rita.
Comprámos os bilhetes, o que levou cerca de 20 minutos, e preparámo-nos para nos fazer à estrada.
O Bruno pensava que sabia o caminho mas não se pode confiar num chinês. Tivémos de perguntar novamente.
Finalmente pusémos os pés à estrada.
Andámos, subimos, rimos, vimos crianças, cujos educadores ajudaram-nos a seguir novamente pelo caminha certo...
Quando já estávamos uqase a chegar ao parque da pena, parámos para descansar um pouco.
Bebemos água, conversáomos e discutimos um pouco...
Veio um carro na nossa direcção cujo condutor fez o favor de pôr a cara de fora para dar-os apoio moral. " Falta um bocadinho assim"-e fez o bocadinho que faltava com os dedos, rindo-se.
Damm you.
Seguimos caminho em direcção ao parque.


continua...

terça-feira, 1 de julho de 2008

Bad choices

CARLA JEAN MOSS, desde Expiação que não vemos um filme decente para as nossas mentes retrógradas.
"pois vamos ver Expiação que é fixe" sim sim...e eu sou o Pai Natal.
Não só foi esquisito, como ficámos confusas...nós não pensamos, lembras-te?
Depois "vamos lá ver o Halloween, que eu quero terror e muito sangue".
Não só tivemos sangue, como derramámos sangue...eu até gritei :s !!!
Em seguida Este País Não É Para Velhos, no country for old man?? e que tal, no movie for scarry girls? Melhor não é? Mas não bastou o espanhol maluco, tinhas de sugerir outro. O Nevoeiro...mesmo assim foi o menos assustador. Pai que mata filho e depois fica com remorsos...está sempre a acontecer.
Hoje para te calar obriguei-nos a ver El Orfanato...por essa e outras é que odeio crianças...no final a mão paranóica é que foi a responsável pela morte do filho.
Brutal...que é feito de Não me toques nas bolas??
Isso sim é um bom filme, ou Juno (que nem chegámos a ver)....Agora que decide sou EU.
Love ya bitch

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Crónicas de um concerto um tanto divertido para as Niggas, porque representámos.


Cheguei ao Pav.Atlântico eram 7:15.
Não devia ter dito ao despertador (do telemóvel, que a vida está cara) "as 5:30 acordo" pois adormeci.
Cheguei, estava tudo diferenteem relação à última vez.
Barricaram as passagens, de modo a separar as pessoas que dormiam das que iam chegando.
Estava sozinha. "Cátia, onde estás?"
Às 8:30 já desesperava.
9h, toca o letofone, "Preta aguenta aí que adormeci. Cheguei a casa eram 2"-é o que dá ir aos Santos.
Esperei mais um pouco,...
9:20...
Mensagem " Nilzinha já apanhei o comboio." finalmente!!!
9:50..."Já estou a chegar, espera que a tua salvação está a chegar."
Pudera...mas entretanto que se faz?
Olhava para os milhares de fãs que estavam à vista.
Uns bonitos e bem vestidos, outros nem tanto. Uns que imitavam bem, outros nem tanto. Uns que deviam morrer por vários atentados que agora não vou explicitar, outros que até não estavam mal, outros que não tinham ainda decidido a sua orientação sexual, outros que a tinham bem definida...muitas coisas e vistas.
Mas sem a minha Nigga, porque representa, não dava para gozar ou se quer rir das pessoas. vontade era o que não faltava.
10:10 "Cheguei".
Rejubilei, escapei-me das esdrubals que tinha à frente e dirigi-me ao pequeno grupo dumas 5 pessoas mais à frente. Ana Loira, Sandy "devem pensar que sou preta", e é preta -,-, Joana... e agora Eu e a Cátia. Todas, éramos Niggas, porque representávamos.
Sentámos, conversámos, jogámos uno, cartas, copas e muito mais.
11:00 "Tenta tu, /Espera não dá para ver totalmente a cara..." então a Sandy porque é Nigga e representa, " ó tu de boné verde!". Virou-se, mas não foi o suficiente. Então eu que também sou Nigga porque represento as pessoas que podem ir lá e falar sem medo, "ó tu de boné verde, importas-te de levantar para elas tirarem uma foto?", "toma tu a máquina" ai se a vergonha matasse... mais uma vez a Nigga que representa tem de resolver tudo.
" Dá aí que eu tiro. Podes chegar mais um pouco, por favor? Obrigada"
"De nada" nunca vi moço mais envergonhado. Pudera, 7 loucas a atirar-se a ele em voz alta com pessoas a ver,...pronto. Mas continuava o burburinho "então que se passa? Querem o número dele? Querem que eu vos apresente ao moço?" "Não, não. Ela é que quer..." se a timidez matasse...Por já estar sentada, enviei a Nigga Cátia, porque representa as pessoa sem vergonha na cara. Ajoelhou-se ao pés dele "Olá, chamo-me Cátia-tinha de se apresentar- as minhas amigas queriam o teu número de móvel, não te importas de dar?" " Não, tudo bem. É o 9180...o meu nome é Luís-o resto é pas Niggas, porque representámos tudo o que é fixe.- tenho 16 anos.".
Conversámos, rimos, voltámos a conversar, mas a Renata e a Marta não paravam de cuchichar.
"que mais querem? a idade? o mail?" "Sim!" " Pode ser, eu sou 96, não ter de gastar dinheiro para o pedir. Sandy manda mensagem ao moço pelo móvel da Joana a pedir-lhe o mail.".
A Nigga Sandy, porque representa as pessoas que gostam de chatear outras, "Não te importas de dar o teu mail? Já agora não queres bolachas?- ideia da loira que é Nigga porque representa as pessoas que não pensam- obrigada" Ele muito simpaticamente " não, não quero bolochas obrigado. e não, não me importo de dar o mail. é ...split@hotmail.com" o início é nosso porque representámos mas, a Sandy representa os que pensam que são pretos e só pensam em comida, "hã? até o mai dele tem pausa, split, banana split- só pensa em comida, é incrível- espera aí para eu escrever".
Divertimo-nos um pouco mais, e juntou-se entretanto a Brasileira " Vocês não pediram para tirar uma foto com ele?" Agora é que foi. Bem dito. Já estávamos na lista negra da Amarela,- passou assim a ser conhecida devido ao colete amarelo horrível que envergava por cima duma t-shirt branca lisa que não conseguiu esconder as banhas e das calças horrendas com o cinto castanho de cortiça à tia.- por termos estado a falar com o Luís e ele a dar-no a sua inteira atenção, com constantes olhadelas para o nosso grupo e muitos sorrisos na cara.
O dia foi passando, as miúdas não se acalmavam, então, " Sandy manda mensagem ao Luís. Pergunta-lhe se podemos tirar uma foto com ele.". Sem responder à mensagem, Luís aproximou-se "Posso tirar uma foto convosco". Cada uma tirou uma foto com ele e a Nigga Cátia, porque representa as pessoas abusadas, até pôs-lhe a mão à volta da cintura. -,-
A Amarela fulminava-nos com o olhar.
Almoçámos no mac, e por volta das 13:00 Joana revela que tem malibu de coco na mala.
Pagou-nos cornetos para ficarmos com os cones- a fazerem de copos- mas claro está que não deu. Era malibu a ser desperdiçado pelas mínimas fendas na bolacha de cone dos maravilhosos cornettos. Vira-se então a Nigga Cátia, porque representa as pessoas que são simpáticas, " Nilza vamos lá comprar coca-cola para misturar com o malibu." " E tragam copos- diz a Loira- 5. Vão àquele bar que tem erva na parede." Na fila de espera para sermos atendidas até saltámos para ver qual das duas ia mais alto- empatámos- pedimos coca-cola, mas a empregada do bar deu-nos pepsi,; devia pensar que só por termos a mania que éramos pretas, representávamos as pessoas burras.
Voltámos a juntarmo-nos às outras Niggas, e bebemos malibu do copo - salvê à decência.
Fomo-nos movimentando ao som das ordens dos seguranças. Levantámos, sentámos no chão duro, levantámos e sentámos outra vez...uma maravilha.
Hora de entrar. O Nigga Luís, porque representava os giros e com estilo, entrou 1º sempre acompanhado da Amarela que fulminava-nos ainda mais com o seu olhar.
Correrias para entrar....quando fomos avisadas do pequeno pormenor de não se poder entrar com garrafas com tampas muito menos com garrafas de malibu.
Juntamente com 1a nova conhecida, Vera, emborcámos numa incrível e nojenta troca de saliva, passando a garrafa por todas. Em menos de 30 segundos a garrafa de malibu ficou vazia, indo parar ao lixo.
Niggas, porque representámos as pessoas que tinham bilhete para o concerto, mostrámo-los aos seguranças, depois aos polícias, depois à senhora da entrada...
Dentro finalmente!!!
A disposição das pessoas era diferente desta vez. O Luís estava 2 grades e 3 filas à frente de nós...pena :'(...
Com muito espaço para respirar desta vez, graças aos santos, podíamos saltar, rodar os braços, e muito mais, que não tocávamos em ninguém. Um pequeno grupo composto por 3 miúdas e 1 rapaz, que se encontrava ali por não ter sido capaz de vender o seu bilhete, vindos de Alentejo, juntaram-se ao nosso já formado, mais a Vera.
Como o espectáculo tardava em começar, os alemães precisam seguir a pontualidade britânica, sentámo-nos no chão e fizémos uma roda, que atrevo-me a dizer, grande.
Conversámos para nos conhecermos melhor. Acontece que tinham ido ao festival de Gouveia então as Niggas, que também tinham ido, partilharam a sua experiência. Jogámos ao polícia e ladrão, rimos, arrastámo-nos uns aos outros pelo chão sujo e molhado. Enfim, loucura total.
Começou.......................................................................................................e acabou o concerto.
Foi excelente. Pus a Vera aos ombros para poder filmar melhor.
Finalizado o evento, a Vera reparou num emo atrás de nós, muito giro, que estava a assistir à pequena encenação do Gustav no final.
Ela queria o número. Tentei tirar uma foto, mas mãos estúpidas, loucas e com manias, teimavam em pôr-se à frente. A Sandy porque representava as outras pessoas com móvel com máquina, tirou uma foto. Mas isso não bastava à Verinhaa. Ela queria tirar uma foto com o desconhecido.
Eu, Nigga porque representava as pessoas que gostam de realizar os desejos dos novos amigos, fui atrás dele, muito simpaticamente ele aceitou.
A Vera queria agora o número- andava a pedir cada vez mais essa menina.
Mas pronto eu fui lá. Dei-lhe uma palmada nas costas.
Ele parou de andar e virou-se para nós. Vera dirigiu-se-lhe, mas ele não a percebia " Solamente hablo español :(". Aqui a Nigga Nilza que representava as pessoas que sabem falar mais que 2 idiomas diferentes " Qeríamos pedir-te tu e-mail por favor" Entreguei-lhe o meu móvel e este escreveu " Tot...@hotmail.com" mais uma vez o resto é pas Niggas porque representam as pessoas que podem tudo e nada ao mesmo tempo.
Saímos e dirigímo-nos ao ponto de encontro, a "roulotte da Bike Tejo".
Conversámos um pouco, despedímo-nos da Vera e fomos ao encontro aos pais da Nessa para recuperarmos as malas e tralhas.
Ainda ficámos à espera de autógrafos, mas eram sonhar demais. Mas aqui as Niggas têm tudo controlado, porque representámos as pessoa que mais uma vez podem tudo e não podem nada, iremos conseguir um encontro com a banda, afinal as cartas não mentem.



p.s. : enquanto esperáva-mos pelos gelados íamos lendo as cartas umas às outras com perguntas de sim ou não. Depois apareceu o namorado da Joana que apesar de nos criticar por irmos ver aquilo,tinham um gosto parecido com o meu tirando pequenas excepções.










domingo, 29 de junho de 2008

200% Eficácia e uns quantos de vontade


Marcou e encantou...grande Torres.
In the end Spain wins, told you so Carla Jean.