quarta-feira, 10 de setembro de 2008

"frode onorevole/scelleratezza gloriosa"

" -Não quero barreiras entre nós, meu irmão, meu amante, meu amigo. Porque, desta noite em diante, tudo o que resta da minha paixão repousará em ti.- César soergueu -se e, lentamente, retirou a máscara."
Amou os seus da melhor forma que podia e em especial a irmã mais do que a si próprio, a um dos irmãos pelo único facto de ser seu irmão de sangue. Tratado sempre como um príncipe que tudo tinha, nunca se achou galardoado de tal privilégio. Possuiu a irmã cuja entrega foi de boa vontade e desejo, amou-a e recebeu em troca o seu amor, proibido mas completo. Teve poder e riqueza, recebeu o respeito de muitos e o temor de outros. Venceu batalhas e conquistou terras. Teve tudo que muitos matariam para possuir. Contudo nunca se sentiu afortunado.
Invejou e cobiçou o irmão que odiava, desejou que o seu amor não fosse proibido. Por ciúmes disfarçado em traição gloriosa matou o cunhado e desejou a morte ao irmão. Como guerreiro que foi matou outros para glória própria com a justificação de ter sido tudo em nome de "um bem maior".
Ainda assim era amado e admirado. Foi justo e não tolerava injustiças e sempre muito fiel com as suas convicções.
Morreu devido a uma traição para proteger um cunhado e amigo a quem devia a vida e por consequente estava em dívida.
Tais virtudes não eram suficientes para o tornar clemente, mas terá sido César Bórgia merecedor de tudo o que teve?



( i kind of like him)